penso ...

Todos procuramos um amor, não interessa se temos 16,36 ou 63 anos, não interessa se nascemos ricos ou pobres, inteligente ou burros. A necessidade da realização pessoal através do amor é uma das maiores verdades universais. Mas a vida vence quase sempre o amor, por isso são muito poucas as pessoas que se podem alegrar com a consumação plena desse sonho.
Não somos donos do tempo nem de nenhuma verdade, a não ser daquilo que sentimos. Mas o que sentimos esta cá dentro, só nós vemos, e mesmo que expliquemos com todas as palavras do mundo, nunca sabemos se explicamos bem e , caso o tenha-mos feito, se entendem o que dizemos exactamente da forma que queremos dizer, por isso é que às vezes fico calada e espero que o tempo resolva os enigmas mais complexos ou mais simples da existência.
Amor é muito mais que o hábito, é sobretudo tempo. E quando se ama, há sempre duvidas e medos, há sempre uma vontade secreta de outros desejos, de outras vidas, de outras viagens, mas vem o tempo e decide por nós aquilo de que não somos capazes.
Quando se ama alguém ou alguma coisa tem-se sempre tempo. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. E aprendemos a respirar na espera, a viver nela, afeiçoando-nos a um sonho como se fosse verdade.
É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder.
E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver.