Este Blog foi criado para todos que buscam a leveza e a beleza de ser.




terça-feira, 10 de abril de 2007

O DIZ QUE DISSE , O DIZ QUE NAO DISSE, ETC.


Já todos fomos aldrabões. Nisso fomos todos iguais. Já não somos todos iguais é na reacção ao ser desmascarados. Quando a realidade nos revela impostores, há quem baixe a cabeça e admita que enganou e há quem não aceite que a realidade o contradiga e, pelo contrário, contradiga a realidade. São esses que me interessam.
Basicamente, há três maneiras de o fazerem. Uma é dizer “eu não disse isso”, outra, ligeiramente diferente, é “eu não disse bem isso”, a terceira é “sim eu disse isso e, se fores a ver bem, foi isso que aconteceu”.
Vamos lá então dissecar o “trafulha” que afirma com desfaçatez, “eu disse que não ia magoar e, se fores a ver bem, não magoou. Se dói, é de outra coisa que fizeste”. Ou então, “eu disse que te amava para sempre e, na realidade, é para sempre, só não é da mesma maneira. Mas é amor”.
Antes de mais, será um trafulha?
Quem promete, convencido que está a dizer a verdade, pode ser culpado por estar equivocado? A minha questão é: será assim tão mau prometer e não cumprir? Prefiro ouvir um “amo-te para sempre”, mesmo que saiba que o “para sempre” tem um prazo de validade, do que um “amo-te enquanto der” , mesmo que às tantas, até dê até ao fim. Vale mais a viver uma improbabilidade do que uma incerteza a meio gás. Claro que há quem não concorde. Há quem prefira ter cuidado para nunca se desiludir. Mas quem quer viver sem desilusão, acaba por viver sem ilusão
.

1 comentário:

ofthewood disse...

o "amo-te para sempre" existe, acho eu, na melhor das hipóteses, uma vez na vida. Mas este, se quiseres, chavão, mais não é do que o corolário daquele "amor verdadeiro", que acontece e, acontecendo, se faz todos os dias e a cada instante. No entanto, há uma coisa que tb é importante, quanto mais não seja, para ir alimentando o ânimo e o âmago das relações: a paixão. Esta acontece quando menos se espera, daí o encanto (e a paixão não é necessariamente amor). Sem paixão, esta é a palavra, embora possam existir outras, nada feito.