
Já todos fomos aldrabões. Nisso fomos todos iguais. Já não somos todos iguais é na reacção ao ser desmascarados. Quando a realidade nos revela impostores, há quem baixe a cabeça e admita que enganou e há quem não aceite que a realidade o contradiga e, pelo contrário, contradiga a realidade. São esses que me interessam.
Basicamente, há três maneiras de o fazerem. Uma é dizer “eu não disse isso”, outra, ligeiramente diferente, é “eu não disse bem isso”, a terceira é “sim eu disse isso e, se fores a ver bem, foi isso que aconteceu”.
Vamos lá então dissecar o “trafulha” que afirma com desfaçatez, “eu disse que não ia magoar e, se fores a ver bem, não magoou. Se dói, é de outra coisa que fizeste”. Ou então, “eu disse que te amava para sempre e, na realidade, é para sempre, só não é da mesma maneira. Mas é amor”.
Antes de mais, será um trafulha?
Quem promete, convencido que está a dizer a verdade, pode ser culpado por estar equivocado? A minha questão é: será assim tão mau prometer e não cumprir? Prefiro ouvir um “amo-te para sempre”, mesmo que saiba que o “para sempre” tem um prazo de validade, do que um “amo-te enquanto der” , mesmo que às tantas, até dê até ao fim. Vale mais a viver uma improbabilidade do que uma incerteza a meio gás. Claro que há quem não concorde. Há quem prefira ter cuidado para nunca se desiludir. Mas quem quer viver sem desilusão, acaba por viver sem ilusão.
Basicamente, há três maneiras de o fazerem. Uma é dizer “eu não disse isso”, outra, ligeiramente diferente, é “eu não disse bem isso”, a terceira é “sim eu disse isso e, se fores a ver bem, foi isso que aconteceu”.
Vamos lá então dissecar o “trafulha” que afirma com desfaçatez, “eu disse que não ia magoar e, se fores a ver bem, não magoou. Se dói, é de outra coisa que fizeste”. Ou então, “eu disse que te amava para sempre e, na realidade, é para sempre, só não é da mesma maneira. Mas é amor”.
Antes de mais, será um trafulha?
Quem promete, convencido que está a dizer a verdade, pode ser culpado por estar equivocado? A minha questão é: será assim tão mau prometer e não cumprir? Prefiro ouvir um “amo-te para sempre”, mesmo que saiba que o “para sempre” tem um prazo de validade, do que um “amo-te enquanto der” , mesmo que às tantas, até dê até ao fim. Vale mais a viver uma improbabilidade do que uma incerteza a meio gás. Claro que há quem não concorde. Há quem prefira ter cuidado para nunca se desiludir. Mas quem quer viver sem desilusão, acaba por viver sem ilusão.
1 comentário:
o "amo-te para sempre" existe, acho eu, na melhor das hipóteses, uma vez na vida. Mas este, se quiseres, chavão, mais não é do que o corolário daquele "amor verdadeiro", que acontece e, acontecendo, se faz todos os dias e a cada instante. No entanto, há uma coisa que tb é importante, quanto mais não seja, para ir alimentando o ânimo e o âmago das relações: a paixão. Esta acontece quando menos se espera, daí o encanto (e a paixão não é necessariamente amor). Sem paixão, esta é a palavra, embora possam existir outras, nada feito.
Enviar um comentário